A Parque Casa Modernista, na vila Mariana, primeira do estilo no Brasil, foi concebida pelo arquiteto Gregori Warchavchik e construída entre os anos de 1927 e 1928. Eram anos loucos e parte da exposição Ocupação Gregori Warchavchik, no itaú cultural, já em cartaz na capital paulista, está dedicada ao contexto no qual o arquiteto trabalhou. Quem visitar a mostra poderá entender sua relação com a turma da Semana de Arte moderna – pense em Mário e Oswald de Andrade, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral – e como as vivências da época foram marcantes para a idealização de projetos como outras casas e os clubes, Hebraica e Pinheiros, além do salão de festas do Paulistano. Quem passar no museu poderá sentir a ruptura que seus projetos representaram tanto na arquitetura quanto no design: a mostra começa com móveis tradicionais de época e muda radicalmente na área seguinte dedicada à casa-cubo-branco e ao mobiliário desenvolvido para ela.

A relação com a turma artsy era tão intensa que Lasar Segall viveu em outro entre os seus projetos mais hipnotizantes. No atual Museu Lasar Segall o público encontrará uma exposição paralela à do Itaú que reúne referências mais intimistas sobre o arquiteto – como a sua relação entre as famílias  Klabin, Segall e Warchavchik ( Mina Klabin era casada com Warchavchik e Jenny Klabin era casada com Lasar Segall. Será possível ver, ainda, uma ambientação de uma das salas da Casa da Santa Cruz. Nos arredores do parque é possível ver, ainda, uma série de casas populares modernistas assinadas por Warchavchik.

 

 

Escrito por Tamyr Mota