Um sistema de casas inteligentes foi projetado pelo arquiteto iraniano Sajjad Navidi para a vila de Ganvie em Benin, na África, cujos moradores sofrem para se adaptar ao aumento do nível do mar ao longo do ano. As moradias, entre 25 e 50 metros quadrados, assemelham-se à anatomia do baiacu – peixe comumente encontrada no lago Nakoué, conhecido por inflar como um balão, enchendo-se de água ou ar para assustar ou escapar de predadores.

O sistema flutuante pode inflar e esvaziar em resposta ao nível do mar e às condições climáticas. Segundo o site “Design Boom”, o arquiteto definiu a geometria da casa estudando anéis de areia subaquáticos criados por um baiacu para atrair uma parceira ou proteger os ovos da fêmea.

A proposta é equipar cada casa com dois sensores: um que responde ao nível da água e outro às ondas altas. Em dias chuvosos e de maré alta, o sensor de nível de água ativa um ventilador de ar sob a casa flutuante, fazendo com que uma “pele de balão” se encha de ar, permitindo que suba à superfície.
Já em condições tempestuosas e difíceis, um sensor de “impacto” ativa os poros da base da subestrutura para permitir que a água preencha a pele – aumentando o peso e a robustez para evitar danos ou o afastamento das casas. Quando as condições são estáveis, o invólucro do balão fecha e o sistema começa a se parecer muito com casas típicas, com telhados planos.

Escrito por Tamyr Mota