A co-fundadora do SANAA, Kazuyo Sejima, e a influente arquiteta canadense Phyllis Lambert receberam os prêmios Jane Drew e Ada Louise Huxtable, respectivamente, como reconhecimento por seu trabalho e compromisso com a excelência do projeto e por elevar o perfil das mulheres na arquitetura. O Prêmio Jane Drew de Arquitetura reconhece Kazuyo Sejima por suas realizações como arquiteta, enquanto o Prêmio Ada Louise Huxtable reconhece a contribuição de Phyllis Lamber na indústria arquitetônica em geral. Os dois prêmios são apresentados pelas publicações britânicas Architects’ Journal e The Architectural Review.

A arquiteta japonesa Kazuyo Sejima é mais conhecida como co-fundadora do escritório SANAA, vencedor do Prêmio Pritzker e fundado com Ryue Nishizawa em Tóquio, 1995. Seu portfólio inclui muitos projetos reconhecidos internacionalmente como o New Museum na cidade de Nova York, a renovação e ampliação do “grand magasin” parisiense La Samaritaine, e da galeria Louvre Lens na França. O Sydney Modern Museum, na Austrália, é o mais recente projeto do escritório.

Em 2010, Kazuyo Sejima tornou-se a primeira mulher a ser curadora do Setor de Arquitetura da Bienal de Veneza. Sob o tema “Pessoas se encontram na arquitetura”, as exposições ilustram seu posicionamento em relação à interação entre ambientes sociais e naturais. Em 2021, ela também foi nomeada presidente do júri internacional da Bienal de Veneza de 2021. O Prêmio Jane Drew é um reconhecimento adicional das múltiplas contribuições de Sejima para o campo da arquitetura.

O prêmio é nomeado em homenagem a Jane Drew, defensora das mulheres em uma profissão dominada por homens. Através do trabalho de sua prática, que abriu logo após a Segunda Guerra Mundial, Jane Drew também contribuiu para introduzir o Movimento Moderno no Reino Unido e é responsável por trazer o trabalho de Le Corbusier para a Índia.

O prêmio Ada Louise Huxtable leva o nome da crítica de arquitetura e ganhadora do primeiro Prêmio Pulitzer de Crítica em 1970. Reconhecida como uma das vozes mais poderosas na arquitetura da América de meados do século, Huxtable defendeu a preservação de ambientes urbanos. Ela celebrou a vitalidade da paisagem urbana e dos edifícios que abraçaram a escala humana e a história cívica.

Fonte: Archdaily Brasil.

Escrito por Tamyr Mota