O arquiteto português Raulino Silva recebeu uma demanda inusitada de um seus clientes, proprietário de um pet shop em Vila do Conde, a 30 quilômetros da cidade do Porto. Anfitrião informal dos animais de estimação dos amigos, ele queria construir “uma hospedagem para cães e gatos onde nós também gostaríamos de dormir”. No briefing, três exigências: adequação térmica, higienização descomplicada e ambientes confortáveis. O resultado é o Domi Canis Cattus Eco Hotel.

O empreendimento ocupa o terreno de uma antiga vinícola e conta com 800 m² construídos, divididos em três prédios organizados ao redor de um pátio, conectados por corredores. O maior deles, de dois andares, é dedicado aos cães. Conta com 43 quartos com janelas piso-teto que favorecem a entrada abundando de luz natural que dão uma boa vista para o campo de treinamentos. Há uma ala apenas para os felinos, separada por um corredor com um pequeno jardim, que diminui a possibilidade de contato sonoro e visual, mantendo sob controle o nível de barulhos e evitando estresses de ambas as partes.

À disposição dos gatos, 13 quartos equipados com elementos de enriquecimento ambiental e, ao centro, um jardim central para brincadeiras, inundado pela luz natural que incide pela claraboia. O terceiro edifício foi reservado a atividades dos humanos – a recepção, setores administrativos, um consultório veterinário e um pet shop com banho e tosa.

Escrito por Tamyr Mota